terça-feira, fevereiro 27, 2007

"Criadas Para Todo o Serviço" de Carlo Goldoni


Espectáculo Inserido nas Comemorações dos 300 anos do Nascimento de Carlo Goldoni.
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Goldoni acostumara o público veneziano a um divertimento teatral durante o Carnaval. Oferece-lhe assim mais uma comédia que é bem mais que um simples divertimento.Era tradição na Veneza do século XVIII dar um dia de folga aos empregados domésticos para que gozassem em liberdade esta inversão da ordem estabelecida. E os amos divertiam-se simultaneamente em bela convivência.Aproveitando essa liberdade os criados vestem-se como os amos não só por envergarem o guarda- roupa que subtraíram à sua vigilância, mas porque lhes imitam os comportamentos.Todos se preparam para o Carnaval disputando parceiros e perspectivas de divertimento, fortuna e prazer. E o grande comércio com a troca de favores inicia-se num mercado onde tudo acaba por ser moeda de troca, onde tudo se pode vender ou comprar.Os patrões, por seu lado, mobilizam os favores e a cumplicidade dos criados para os colocar ao serviço dos seus amores inconfessáveis, os seus pequenos vícios, as suas pequenas necessidades materiais, que podem ir desde um anel valioso a um empréstimo de dinheiro para o jogo ou um simples prato de sopa.No Carnaval forças estranhas são postas em jogo libertando impulsos recalcados e instintos que não são tão visíveis noutras alturas.A vida privada vai-se tornando pública, o espaço privado vai-se alargando até se tornar a praça onde todas as nossas misérias e segredos se denunciam, como se o Carnaval e a sua inversão da ordem nos julgassem e nos punisse.
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tradução JOSÉ COLAÇO BARREIROS / encenação JOSÉ PEIXOTO / cenografia ACÁCIO CARVALHO / figurinos MANUELA BRONZE / música RUI REBELO / desenho de luz CARLOS GONÇALVES / coreografia KOT KOTECKI
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COMSÍLVIA FILIPE, JORGE SILVA, ELSA VALENTIM, DIANA COSTA E SILVA, ANGELA RIBEIRO, DAVID PEREIRA BASTOS, PATRÍCIA ANDRÉ, LEONOR CABRAL, LUÍS BARROS, CARLOS QUEIRÓS, RICARDO ALVES, TIAGO MATEUS e CARLA CARREIRO MENDES.
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Co-produção Teatro Nacional D. Maria II / CENDREV / Teatro dos Aloés
De 1 a 4 de Março - Teatro Garcia de Resende
De 8 a 4 de MArço - Teatro da Politécnica
De 21 de Março a 1 de Abril - Recreios da Amadora


terça-feira, fevereiro 13, 2007

Lilás de Jon Fosse pelos Artistas Unidos

Na cave húmida de uma velha fábrica, um rapaz mostra a uma rapariga onde a sua banda ensaia. O namorado da rapariga aparece – o baterista – e cresce uma tensão no ar. Com quem é que ela está agora? Depois dela sair, aparece o resto da banda – o vocalista e o baixista – e descobrimos que o rapaz quer deixar a banda, embora tivesse sido o seu entusiasmo inicial a juntá-los.Esta é uma peça sobre os adolescentes, os seus locais de encontro, os amores desfeitos, as suspeitas, a vontade de partir, de ir embora, de cortar as amarras, a necessidade do grupo, a vontade de ficar, a solidão daqueles que, entre os 14 e os 17 anos, não sabem ainda como viver, presos aos dias que se seguem. A que só a música, ás vezes, parece dar voz.A adolescência não é um momento de sorrisos e açúcar, o tempo nunca mais passa.E Jon Fosse trata de igual para igual os seus espectadores, espantados por existirem, por não saberem o que fazer da vida.Um espectáculo para ser visto por adolescentes, sozinhos, em grupos, com os pais, com os amigos. É da vida deles que aqui se trata, da nossa vida cinzenta.
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LILÁS de
Jon Fosse
Tradução Pedro Porto Fernandes.
Direcção Musical Rui Rebelo
Cenografia e figurinos Rita Lopes Alves
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Estreou no Centro Cultural de Belém a 19 de Janeiro de 2007
No Teatro Viriato (Viseu) de 25 a 27 de Janeiro de 2007
No Teatro Municipal de Faro de 31 de Janeiro a 2 de Fevereiro de 2007
No Centro de Artes de Sines a 30 e 31 de Março
No Cine-teatro Virginia (Torres Novas) a 11 e 12 de Maio

Medeia por John Mowat


MEDEIA

Co-produção da Companhia do Chapitô
com a Companhia Paulo Ribeiro

John Mowat, actor e encenador, criador incontornável na vida e dinâmica teatral da Companhia do Chapitô, tem recentemente desenvolvido trabalho com a Companhia Paulo Ribeiro, o entusiasmo suscitado resultou num novo desafio – juntar o teatro físico e a dança num só momento. A criação conjunta entre as duas companhias, a convergência entre as duas linguagens, e a energia que a envolve, pode agora ser vista na recriação de Medeia – face consciente e provedora de ideias do ser feminino – uma razão mais para que o conjunto dos agentes fosse quase perfeito: o corpo-presença das bailarinas e o trabalho físico dos actores em equilíbrio com os elementos cénicos, o que só poderia reverter numa comédia visual e sensitiva, cheia de humor.
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Criação Colectiva
Encenação: John Mowat
Interpretação: Jorge Cruz, José Carlos Garcia, Leonor Keil e Marta Cerqueira
No Chapitô - Rua Costa do Castelo, nº 7
de Quinta a Domingo às 22h - até 25 de Fevereiro

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Por Detrás dos Montes

criação: Teatro Meridional

concepção/direcção cénica: Miguel Seabra

música: Fernando Mota

espaço cénico e figurinos: Marta Carreiras

interpretação: Carla Galvão, Carla Maciel, Fernando Mota, Mónica Garnel, Pedro Gil, Pedro Martinez, Romeu Costano

Quarta Sexta às 22:00, Sábado às 17:00 e 22:00 até 24 de Fevereiro


Rua do Açúcar ao Poço do Bispo

reservas: 218 689 245

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

OBSCENA - Nova Revista de Artes Performativas


Já saiu o primeiro número da nova revista OBSCENA, um projecto editorial independente dedicado às artes performativas. Coordenada por uma equipa de críticos a revista terá periodicidade mensal estando apenas disponível para download em pdf no site www.revistaobscena.com.


Revista OBSCENA
Editor:
Tiago Bartolomeu Costa
Editores Associados: Jorge Louraço Figueira, Miguel-Pedro Quadrio e Mónica Guerreiro
Colaboradores: Bandeira, Rui Monteiro, José Luís Neves e Pedro Manuel
Design: Tiago Rodrigues