segunda-feira, novembro 19, 2007

"Ella" de Herbert Achternbusch, pelo Teatro da Rainha, em Almada e no Porto

Intérpretes Clara Joana, Fernando Mora Ramos Tradução Idalina Aguiar de Melo
Cenografia José Carlos Faria
Figurinos Isabel Lopes
Luz Fernando Mora Ramos, António Plácido Construção do cenário António Canelas, Marco Albano Produção Ana Pereira Assistência de encenação Isabel Lopes
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23 a 25 de Novembro de 2007 no Teatro Municipal de Almada - Duração 1h20
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Margarida Mauperrin vai também contracenar com Fernando Ramos, nessa peça “para dois intérpretes e várias galinhas” de Herbert Achternbusch, no Porto, no âmbito do Portogofone. “Ella” apresenta-se assim no Convento São Bento da Vitória/ Teatro Nacional de São João, a 6,7 e 8 de Dezembro, sempre às 21h30.
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Em Ella a velha mulher que dá o nome à peça “vive” com Joseph num galinheiro. Esta mulher encontra-se totalmente absorvida pela televisão e não pronuncia uma única palavra. Joseph prepara, em silêncio, o café que apenas beberá no fim da peça. Mistura nesse café um veneno mortal e depois coloca na cabeça uma peruca de penas de galinha. Em seguida, vestido com o avental da mãe, começa a debitar, sem se deter, o solilóquio que Ella, a sua mãe, calou durante toda a vida - desde os anos do nazismo até ao boom económico, de decepção em decepção. Joseph acaba por finalmente engolir o café e cai morto, enquanto a mãe se levanta e anda às voltas no galinheiro dando gritos de galinha assustada.

Herbert Achternbusch, escritor, pintor e realizador alemão, nasceu a 23 de Novembro de 1938 em Munique. Após terminar os estudos secundários, quis tornar-se num poeta e pintor. Entre 1960 e 1962 estudou consecutivamente na Pädagogische Hochschule München-Pasing, na Nuremberg’s Kunstakademie, e por três semestres na Munich’s Akademie der Bildenden Künste. A partir de 1962 realiza trabalhos conjuntamente com diversos amigos, como Martin Walser, que o aconselham a enveredar pela via literária. Em 1969 a Suhrkamp publicou Hülle, uma colecção de contos, que foi o primeiro livro de uma obra que já conta com mais de cinquenta títulos até ao momento. Logo após este primeiro livro Achternbusch começou a realizar filmes no circuito do novo cinema alemão, tornando-se numa das figuras desse movimento. Como actor, participou em filmes de Werner Herzog e Volker Schlöndorff. É o autor do guião de Herz aus glas (Coração de gelo), de Werner Herzog.

quinta-feira, novembro 08, 2007

"Contos em Viagem- Cabo Verde", pelo Teatro Meridional

“Contos em Viagem. Cabo Verde” é um espectáculo contado a uma só voz (uma actriz) com música original interpretada ao vivo (um músico), em que a palavra se detêm em universos literários de origem cabo-verdiana. No cais imenso que é a ilha, contam-se “pedaços” de estórias e poemas, como quem canta e reza. Os textos irão atravessar o tempo, cruzar as ilhas, visitar autores e literaturas, dar voz e ritmo a personagens, a sensibilidades, a imaginários das estórias da história, num lugar a falar de si mesmo. Inserido no projecto “Contos em Viagem”, esta peça é a mais recente produção do Teatro Meridional e completa o ciclo de apresentações da companhia no Centro Cultural Vila Flor no ano 2007.
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De 08-11-2007 a 15-12-2007
Quarta, quinta e sexta às 22h00
Sábado às 17h00 e 22h

Encenação: Miguel Seabra
Interpretação: Carla Galvão (texto), Fernando Mota (música)

quarta-feira, novembro 07, 2007

"Os Dias Arrastam-se e as Noites Também" pelo Teatro dos Aloés

"Os Dias Arrastam-se e as Noites Também" de Léandre – Alain Baker

Encenação: José Peixoto
Tradução: Mário Jacques
Intérpretes: Daniel Martinho, Elsa Valentim e Jorge Silva
Banda Sonora: Jorge Silva e Rui Rebelo
Saxofone: Paulo Curado
Produção: Teatro do Aloés




Um homem em busca da serenidade desembarca no apartamento de um casal à beira da ruptura. Deus? Um estrangeiro? Um desconhecido? Terá ele a função de desencadear o confronto latente e revelar aos outros os seus destinos ou é personagem envolvida na trama dos acontecimentos não saindo dela ileso? Um confronto de pessoas ou um confronto de culturas? A Europa não está preparada para assimilar África e por isso a estranha personagem permanece “O Desconhecido”? Ou o estranho desconhecido rejeita a Europa que não o compreende e continua a olhar para ele com estranheza? Um abismo entre a declaração de intenções e os factos? Dois mundos que se ignoram? O absurdo marcou encontro com o humor, mas depois desse encontro nada será como dantes.


Léandre – Alain Baker - Autor, actor e encenador nasceu em 1960 em Bangui no Congo. Faz estudos cinematográficos em Paris. Este seu texto foi criado pela primeira vez na Europa em 1991 no Studio des Champs – Elysées sob a direcção de Gabriel Garran.

7 a 18 de Novembro de 2007 – Recreios da Amadora – Av. santos Matos nº 2 - Amadora ao pé da estação da CP. - De Quarta a Sábado ás 21:30h e domingos às 16horas

21 a 25 de Novembro 2007– Teatro Taborda – Lisboa – De Quarta a Domingo ás 21:30h

05 a 09 de Dezembro 2007- Teatro Municipal de Almada – De Quarta a Sábado ás 21:30 e Domingos às 16 horas.